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terça-feira, junho 24, 2025

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CPI do MEC: governo e oposição disputam por maioria na comissão

Após reunir o apoio necessário para a abertura da CPI do MEC, a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro tem o desafio de conseguir maioria no colegiado que deve investigar suspeitas de corrupção na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Em um roteiro diverso do traçado na CPI da Covid, no ano passado, quando tinha sete dos 11 integrantes ao seu lado, a composição, desta vez, não deve ser tão favorável aos opositores.

Um acordo costurado ontem entre MDB, PSDB, Podemos, PSD e PT definiu oito dos titulares da CPI. O funcionamento da comissão, porém, ainda depende do aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que só pretende tomar uma decisão na semana que vem.

Dos nomes já anunciados, apenas cinco são declaradamente contrários ao governo, outros dois são aliados do Palácio do Planalto e um, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), declara-se independente. As três vagas remanescentes cabem a partidos compostos, em sua maioria, por governistas: PP, União Brasil e PL. Na prática, o cenário mais provável é de um empate com cinco senadores para cada lado, com a possibilidade de Kajuru ser uma espécie de “fiel da balança” da CPI.

Ter a maioria no grupo é considerado fundamental para que a investigação possa avançar, no caso da oposição, ou até para travar o trabalho do colegiado. Isso porque todos requerimentos, da convocação de testemunhas a quebras de sigilo, por exemplo, precisam ser aprovado em votação. Sem isso, a CPI pode ficar esvaziada.

Alguns nomes que se destacaram na CPI da Covid têm a participação dada como certa no colegiado que pretende investigar as suspeitas no MEC. O autor do requerimento, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é um deles. Caso a nova comissão saia mesmo do papel, ele tentará repetir a dobradinha que fez com Renan Calheiros (MDB-AL), que está licenciado do cargo, mas pretende reassumir o mandato para fazer parte do grupo. Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Humberto Costa (PT-PE), que também participaram da comissão passada, são outros cotados. O grupo dos opositores ainda deverá contar com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação na Casa.

Uma mudança em relação à CPI da Covid é a participação do PSD. Enquanto no ano passado Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA) participaram ativamente do colegiado e incomodaram o governo de Jair Bolsonaro, desta vez os indicados do partido devem ser os senadores Carlos Fávaro (MT) e Daniella Ribeiro (PB), que são próximos do Palácio do Planalto.

FONTE: IG NOTÍCIAS

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