O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi considerado culpado, ontem terça-feira (9), por ter abusado sexualmente da jornalista E. Jean Carroll, em 1995 ou 1996, e posteriormente tê-la difamado, ao rotulá-la de mentirosa. Os nove jurados decidiram que ela deverá receber US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) em compensações e ressarcimentos por danos.
É bem verdade que a sentença impõe um revés ao republicano em sua campanha para retornar à Presidência dos EUA, mas não o torna inelegível.
Por se tratar de um processo civil, não criminal, significa que o magnata ainda poderá manter a candidatura à vaga republicana na disputa pela Casa Branca em 2024. Ao menos depois desta condenação em específico, entre outros processos nos quais é réu. É também por ser um caso civil que não há possibilidade de que Trump seja condenado a ir para a prisão.
Os jurados demoraram apenas três horas para deliberar. Eles tiveram que responder se Trump estuprou, abusou sexualmente ou forçou contato com Carroll; para considerá-lo responsável, o júri de seis homens e três mulheres era obrigado a chegar a um veredicto unânime.
Decidiram que ele abusou sexualmente dela, mas não a estuprou. Trump sempre negou que tivesse abusado sexualmente de Carroll.
Após o julgamento, Trump disse que a sentença de um tribunal de Nova York que o declarou responsável de abuso sexual é “uma vergonha” para a Justiça.
“Não tenho absolutamente nenhuma ideia de quem é esta mulher. Este veredicto é uma vergonha”, publicou Trump em sua rede Truth Social.
Steven Cheung, um porta-voz do ex-presidente, afirmou que Trump vai recorrer. Até uma decisão de instância superior, ele não precisará pagar os US$ 5 milhões.
Reuters Brasil