A decisão da atual gestão municipal, de fechar a Coder, vai ter que ser autorizada pelos vereadores (Foto – Arquivo)
A decisão tomada pela atual gestão, de liquidar a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), anunciada anteontem pelo prefeito Cláudio Ferreira (PL), ainda terá que ser ratificada pela Câmara Municipal.
Até ontem, o Palácio da Cidadania ainda não havia se manifestado sobre prazo para enviar à Casa de Leis o projeto prevendo o fechamento da companhia, que completou ontem 48 anos de existência.
A ideia anunciada, anteontem, pelo prefeito, que alega ser inviável a manutenção da empresa, que tem uma dívida superior a R$ 260 milhões, é a criação de uma cooperativa para atender os mais de 600 trabalhadores da Coder, uma vez que está em andamento, na mesa técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), um estudo para a liquidação da empresa pública. A ideia proposta, inicialmente, não agradou a categoria.
Para ser efetivado o processo de liquidação da companhia, que nada mais é que o seu fechamento, o projeto que deve ser encaminhado pelo Executivo necessita de, ao menos, 14 votos dos 21 vereadores da Casa de Leis.
Pelo que o A TRIBUNA apurou, hoje o prefeito Cláudio Ferreira não contaria com estes votos. Dos 21 legisladores, ele teria, neste momento, entre oito a 10 parlamentares ao seu lado.
De antemão, quem já fechou questão publicamente que é contrário à ideia de fechamento da empresa, são os vereadores Júnior Mendonça (PT) e Vinícius Amoroso (PSB).
Alguns vereadores estariam temerosos com o desgaste político em avalizar o fechamento da Coder, que emprega hoje mais de 600 trabalhadores e demonstram ser contrários à ideia do Executivo em criar uma cooperativa para absorvê-los.
O Executivo já colocou o time em campo para tentar convencer os parlamentares que se mostram receosos em votar favorável à proposta de fechar a Coder
Acompanha com atenção
Oficialmente, por meio de nota, a Câmara Municipal diz que está acompanhando com atenção o processo. Reforça que a prioridade deve ser a garantia dos direitos trabalhistas dos funcionários da empresa pública, que não “devem ser desamparados”.
Atesta ainda que tem mantido diálogo constante com o Executivo, direção da empresa e trabalhadores. Além disso, aguarda o resultado dos trabalhos da mesa técnica em andamento junto ao Tribunal de Contas, onde está sendo avaliada a situação da empresa.
Fonte: Valdeque Matos | Da Reportagem