
O clima esquentou ontem (9) durante a sessão na Câmara Municipal que, mais uma vez, foi acompanhada por um grande número de trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). A proposta de liquidação da empresa pública provocou debates acalorados entre os vereadores e algumas trocas de farpas.
Repetindo o que já vinha ocorrendo nas sessões anteriores, os coderianos paralisaram os serviços e lotaram, outra vez, as galerias do plenário da Câmara.
Dessa vez, além das faixas, levaram instrumentos de percussão, causando muito barulho, principalmente quando algum parlamentar subia à tribuna para defender a proposta de fechamento da empresa pública.
Uma representante da categoria chegou fazer o uso da tribuna para manifestar a posição contrária dos trabalhadores ao fechamento da Coder e à criação de uma cooperativa que está sendo estudada para absorver os coderianos.
A servidora Lorraine Silva defendeu a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) e a suspensão do processo de liquidação até que os “dados reais” sejam apurados e os “verdadeiros” culpados pela atual situação da empresa sejam “punidos”.
“Estamos completamente abalados. Pedimos o apoio dos vereadores. A Coder é viável”, discursou Lorraine, que trabalha na empresa como auxiliar de conservação de vias.
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Rondonópolis
Efeito Coder: Câmara tem sessão tumultuada
Jornal A Tribuna
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Jornal A Tribuna
10 de julho de 2025
Repetindo o que já vinha ocorrendo nas sessões anteriores, os coderianos paralisaram os serviços e lotaram, outra vez, as galerias do plenário da Câmara (Foto – Divulgação)
O clima esquentou ontem (9) durante a sessão na Câmara Municipal que, mais uma vez, foi acompanhada por um grande número de trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). A proposta de liquidação da empresa pública provocou debates acalorados entre os vereadores e algumas trocas de farpas.
Repetindo o que já vinha ocorrendo nas sessões anteriores, os coderianos paralisaram os serviços e lotaram, outra vez, as galerias do plenário da Câmara.
Dessa vez, além das faixas, levaram instrumentos de percussão, causando muito barulho, principalmente quando algum parlamentar subia à tribuna para defender a proposta de fechamento da empresa pública.
Uma representante da categoria chegou fazer o uso da tribuna para manifestar a posição contrária dos trabalhadores ao fechamento da Coder e à criação de uma cooperativa que está sendo estudada para absorver os coderianos.
A servidora Lorraine Silva defendeu a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) e a suspensão do processo de liquidação até que os “dados reais” sejam apurados e os “verdadeiros” culpados pela atual situação da empresa sejam “punidos”.
“Estamos completamente abalados. Pedimos o apoio dos vereadores. A Coder é viável”, discursou Lorraine, que trabalha na empresa como auxiliar de conservação de vias.
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Assinaturas
Como noticiou o A TRIBUNA ontem, alguns vereadores estão se movimentando para instaurar uma CEI para investigar as contas da empresa pública.
Segundo o vereador Marisvaldo Gonçalves (Republicanos), um dos adeptos à criação da comissão, quatro vereadores já assinaram e, pelo menos outros cinco, se manifestaram dispostos a avalizar o pedido.
Um desses vereadores é o defensor público Valdenir Pereira (PRD), que assumiu temporariamente a cadeira do titular Anderson Bananeiro (PRD) e declarou ser favorável à CEI da tribuna da Casa de Leis.
Troca de farpas
Enquanto os servidores faziam barulho nas galerias da Câmara, dentro do plenário os ânimos estavam à flor da pele e na tribuna discursos inflamados. Houve troca de farpas entre os vereadores Wesley Cláudio (Novo), Paulo Schuh (PL), Júnior Mendonça (PT) e Vinícius Amoroso (PSB), que já presidiu a empresa pública. Os dois primeiros favoráveis à proposta do Executivo e os dois últimos contrários.
O vereador Adilson do Naboreiro (MDB) não se intimidou com a presença dos trabalhadores da Coder. Endereçou críticas ao colega Vinícius Amoroso e afirmou que, na gestão passada, teria sido impedido de fiscalizar a empresa.
“Recebemos denúncias de irregularidades e fomos fiscalizar quando o colega Vinícius estava lá como presidente. Eu fui enquadrado e foi dito que eu não tinha permissão para entrar na Coder”, denunciou.
“Os vereadores não são culpados (situação da Coder). Foram os maus gestores que passaram lá e um prefeito que ficou oito anos [Zé do Pátio] e não conseguiu manter o parcelamento das dívidas em dias”, acrescentou Naboreiro.
Vaiado, ele denunciou que havia trabalhadores da Coder que só assinavam o ponto e não trabalhavam, com a anuência da direção.
“Pode ter certeza que vamos abrir (CEI). Muita gente vai ser punida e muitos trabalhadores, que se dizem trabalhadores, serão punidos também. Muitos que estão aqui ganhavam sem trabalhar. Não venham aqui com vaia, que é uma verdade, disparou.
Fonte: Valdeque Matos |