“Se o prefeito mandar para cá (Câmara) um projeto de liquidação da Coder, eu votarei contra”, avisou a vereadora mais votada na última eleição, com 3.506 votos.
O prefeito sustenta que a empresa está “falida” por conta de uma dívida milionária herdada de gestões anteriores, que ultrapassariam os R$ 260 milhões.
Alega ainda que a companhia, que completou 48 anos de existência, está “inviável” e encontra-se atualmente, segundo Ferreira, sem certidão negativa, o que a impede de ser contratada pela prefeitura para executar os serviços.
A liquidação, que já está com o processo em andamento por parte do Paço, dependerá ainda da apreciação da Câmara, que terá de aprovar a proposta. Para isso, serão necessários, no mínimo, 14 votos favoráveis dos 21 vereadores da atual legislatura.
Luciana Horta também criticou a forma pela qual vem sendo conduzida esta discussão sobre o futuro da Coder, que emprega mais de 600 trabalhadores, sendo que a maioria deles ingressou na empresa por meio de concurso público.
Para a vereadora, faltam “informações técnicas” do Executivo sobre a real situação da Coder.
“Não tem como votar algo sem ter dados reais. Se mandar o projeto assim para votar, com pressa, serei contra. Não podemos compactuar com a demissão assim destes trabalhadores”, enfatizou a vereadora liberal, que estava trajando uma blusa laranja em alusão a cor que simboliza a empresa.
Horta ressaltou que esta pauta da Coder vai além das questões ideológicas.
“Não se trata de ser de direita ou esquerda. Trata da vida destes trabalhadores [presentes ontem na sessão da Câmara] que estão desesperados em relação ao seu futuro”, afirmou, defendendo que a Prefeitura faça, na verdade, uma reestruturação no modelo de gestão para que a empresa possa continuar prestando seus serviços ao município.
Fonte: Valdeque Matos
