O futuro da saúde pública de Rondonópolis esteve em pauta na noite da última quinta-feira (21), em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal.
O encontro, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Conselho Municipal de Saúde, abriu espaço para que cidadãos, entidades e profissionais da área apresentassem propostas e apontassem as principais demandas para a elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS) para o quadriênio 2026-2029.
Entre as principais cobranças que ecoaram no plenário, destacaram-se a necessidade urgente de ampliação da infraestrutura, o aumento no número de profissionais e a carência na oferta de exames de alta complexidade.
As contribuições, feitas tanto da tribuna quanto por escrito, serão agora analisadas para compor o documento que servirá como um mapa estratégico para todas as ações de saúde no município.
A enfermeira Jamila Balestrin, uma das participantes, ressaltou a importância do engajamento popular na construção do plano.
Para ela, a participação ativa é fundamental para garantir que as políticas públicas reflitam as necessidades reais de quem está na ponta.
“Tem muito a ser melhorado na saúde municipal, seja na ampliação do atendimento, dos profissionais e da nossa infraestrutura. A gente precisa de mais apoio. Sou enfermeira e acho que isso é fundamental, tanto para quem trabalha como para quem é atendido”, afirmou.
O sentimento de que a participação poderia ser ainda maior foi compartilhado pela também enfermeira Maria Eduarda Anjos de Oliveira.
Ela avaliou que o crescimento constante de Rondonópolis, que atrai moradores de diversas outras cidades, impõe desafios cada vez maiores ao sistema.
“Rondonópolis é uma cidade em constante crescimento, que recebe muitas pessoas de outras cidades, e, por isso, ainda tem vários desafios a serem superados, a exemplo da estruturação de alguns exames de alta complexidade”, pontuou.
As demandas apresentadas foram abrangentes e tocaram em pontos sensíveis do sistema, como a saúde mental, a atenção primária, o tratamento oncológico, a saúde bucal, a redução de filas para procedimentos e a melhoria em questões administrativas.
Os próximos passos do plano
Presente na audiência, o superintendente de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde, Gilberto Roque Geremia, detalhou as etapas seguintes.
Ele explicou que uma comissão já está trabalhando na elaboração do plano, tendo consultado técnicos da área e analisado deliberações de conferências de saúde anteriores.
“Agora vamos pegar as propostas que foram apresentadas nessa audiência e vamos incluir no plano aquilo que é factível”, esclareceu Geremia. Após a consolidação do documento, o texto deverá ser apreciado pelo Conselho Municipal de Saúde e, posteriormente, enviado para votação na Câmara Municipal.
Representando o secretário de Saúde, Mikaell Vitorino, a secretária adjunta Jullyana Cardoso Vitor ressaltou que o objetivo da gestão é traduzir as sugestões populares em melhorias concretas.
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“Espero que, com as propostas da população, a gente possa erradicar algumas doenças, diminuir algumas filas de demandas e que a gente possa melhorar a saúde em geral, com construções de hospitais e unidades de saúde, realização de mais cirurgias, questões da saúde mental, entre outras”, projetou.
A sessão contou com a presença dos vereadores Gelsão da Saúde, Kalynka Meirelles, José Felipe Horta, Luciana Horta, Elienai Paulino e Vinicius Amoroso, que acompanharam as discussões e as demandas apresentadas pela comunidade.
Fonte: Da redação com Assessoria
