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segunda-feira, setembro 1, 2025

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Primeira Turma do STF julga o ex-presidente Bolsonaro e aliados a partir de terça-feira (02)

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa na terça-feira, 2 de setembro, o julgamento da chamada Ação Penal do “núcleo 1”, que tem como réu principal o ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão de abertura ocorrerá pela Primeira Turma da Corte; o calendário reservado pela presidência da turma prevê sessões entre os dias 2 e 12 de setembro.

Cronograma das sessões

As sessões foram agendadas para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Nos dias 2, 9 e 12 estão previstas atividades nos turnos da manhã e da tarde; nos dias 3 e 10, apenas pela manhã. Horários apontados pela cobertura incluem início às 8h (horário de Mato Grosso) nas sessões matutinas e retomada às 13h (MT) nas vespertinas.

Quem são os réus

A ação do chamado “núcleo 1” inclui oito acusados:

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente);
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da ABIN e atualmente deputado federal);
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF);
  • Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
  • Walter Braga Netto (ex-ministro; foi candidato a vice em 2022);
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens).

Acusações em análise

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta, entre outros, os seguintes crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (descrita comumente como golpe de Estado), dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.

Parte das acusações contra Alexandre Ramagem foi suspensa em razão de prerrogativa parlamentar, de modo que ele responde a três das cinco imputações originalmente apresentadas.

Rito processual e sequência de votação

O julgamento seguirá o rito previsto no Regimento Interno do STF e na Lei nº 8.038/1990. A abertura da sessão de 2 de setembro ficará a cargo do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, fará a leitura do relatório do processo e será o primeiro a votar. Em seguida votarão, segundo a ordem divulgada, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por fim, Cristiano Zanin. A decisão na turma depende da maioria de três dos cinco votos.

Possibilidade de pedido de vista e impacto no calendário

Qualquer ministro pode pedir vista, o que suspende o andamento do julgamento até que o pedido seja devolvido.

Pelo regimento, o prazo para devolução de vista nesse tipo de rito é de até 90 dias, o que pode postergar a conclusão do julgamento se ocorrerem pedidos de análise mais aprofundada.

Prisão e cumprimento de eventual pena

A eventual condenação não implica prisão automática: a execução da pena somente poderá ser efetivada após exame de recursos cabíveis.

Para oficiais das Forças Armadas e autoridades com direito a regime especial, a legislação processual prevê localizações diferenciadas de cumprimento, como alas específicas em estabelecimentos prisionais ou dependências das Forças Armadas, conforme o Código de Processo Penal.

Esquema de segurança e transmissão

Autoridades locais e órgãos de segurança preparam esquema reforçado para os dias de sessão, incluindo restrição de circulação em áreas do Supremo, varreduras e operações de vigilância.

Coberturas relatam uso previsto de drones em áreas próximas (como a Praça dos Três Poderes) e integração de forças policiais para o entorno das sedes das cortes. O julgamento também será transmitido ao vivo pelos canais do STF, TV Justiça e demais plataformas oficiais, segundo reportagens consultadas.

Como foi organizado o processo (divisão em núcleos)

A denúncia da PGR foi estruturada em quatro núcleos investigativos. O “núcleo 1”, que será julgado agora, foi definido pela PGR como o núcleo central da trama denunciada; os demais núcleos seguem em fase de alegações finais e podem ser levados a julgamento em datas posteriores, ainda neste ano, conforme acompanhamento processual.

Fonte: Da redação com Assessorias

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