Para a maioria das 400 crianças que lotaram a lona do Circo Mundo Mágico no último sábado (27), a expectativa era tão grande que o sono mal veio na noite anterior. O brilho nos olhos e os gritos de euforia a cada número de malabarismo e palhaçaria denunciavam: aquela não era uma tarde qualquer. Era a rara e aguardada oportunidade de vivenciar, pela primeira vez para muitas delas, a magia do picadeiro.
A iniciativa, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social de Rondonópolis e a direção do circo, transformou o terreno do antigo aeroporto em um palco de inclusão e alegria.
Crianças e adolescentes atendidos pelos Centros de Convivência da Vila Olímpica e do bairro Padre Lothar, além do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Alfredo de Castro, foram os convidados de honra do espetáculo.
Mais do que apenas uma plateia, as crianças foram as protagonistas do evento.
A cada ato, a interação era imediata. A surpresa diante da destreza dos artistas e as gargalhadas que ecoavam pela lona criaram uma atmosfera de pura felicidade, um forte contraste com as realidades muitas vezes difíceis que enfrentam.
Segundo a secretária de Promoção e Assistência Social, Alessandra Ferreira, que acompanhou a criançada durante a apresentação, o impacto da ação vai muito além das duas horas de espetáculo.
“As mães alegam que as crianças nem chegam a dormir à noite de tão empolgadas e ansiosas que elas ficam para este momento”, relatou.
“A intenção é realmente proporcionar um momento de diversão diferenciado, proporcionar um momento de cultura, de lazer, de convivência com os outros colegas.”
A logística para viabilizar essa tarde de sonhos envolveu uma operação cuidadosa. Ao todo, sete ônibus foram mobilizados para buscar e levar as crianças de seus bairros até o circo. Além de garantir o transporte seguro, a prefeitura também ofereceu lanche e a indispensável pipoca, completando a experiência circense.
A ação reforça a importância de políticas públicas que enxergam a cultura e o lazer não como luxo, mas como um direito fundamental para o desenvolvimento social e emocional de crianças e adolescentes.
Para os pequenos espectadores de Rondonópolis, a memória daquela tarde mágica, repleta de sorrisos e aplausos, permanecerá muito depois que o circo deixar a cidade.
Fonte: Da redação com Assessoria
