Mato Grosso encerrou a colheita da safra de algodão 2024/2025 com um novo recorde, fortalecendo não apenas sua liderança absoluta no cenário nacional, mas também o papel do Brasil como um dos maiores fornecedores globais da fibra. Com um salto de 8,3% na produção em relação ao ciclo anterior, o estado colheu 6,92 milhões de toneladas de algodão (caroço e pluma), segundo dados do 12º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Este volume massivo, extraído de uma área plantada de 1,46 milhão de hectares, significa que, de cada 10 quilos de algodão produzidos no Brasil, mais de 7 saíram de lavouras mato-grossenses.
O desempenho superior é resultado direto da combinação de condições climáticas favoráveis e, principalmente, do alto nível de tecnificação e investimento em práticas de manejo avançadas pelos produtores locais.
.A Força por Trás dos Números
O indicador mais relevante para o mercado é a produção de pluma, a fibra beneficiada e pronta para a indústria. Neste quesito, Mato Grosso produziu 2,87 milhões de toneladas, volume que se traduz em um impacto econômico multibilionário.
Com base em dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o Valor Bruto da Produção (VBP) da cotonicultura no estado para esta safra é estimado em dezenas de bilhões de reais, movimentando uma vasta cadeia que inclui desde a indústria de insumos e máquinas agrícolas até os setores de transporte, logística e serviços.
A citação da secretária adjunta de Agronegócios da Sedec, Linacis Silva Vogel Lisboa, reflete essa realidade
“O crescimento da safra mostra como Mato Grosso vem se destacando cada vez mais.
Temos um clima favorável, produtores que investem em tecnologia e práticas de manejo que aumentam a produtividade”, destacou.
Essa tecnologia, mencionada pela secretária, é visível no campo.
A cotonicultura mato-grossense é uma das mais modernas do mundo, com uso intensivo de agricultura de precisão, sementes geneticamente modificadas para maior resistência e produtividade, e sistemas de certificação de sustentabilidade, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).
Tais práticas não só aumentaram o volume colhido por hectare, mas também a qualidade da fibra, tornando-a mais competitiva no mercado internacional.
.Algodão de Mato Grosso para o Mundo
A maior parte da pluma colhida em Mato Grosso tem como destino o mercado externo. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil figura entre os maiores exportadores mundiais, e o estado é o principal motor desse resultado.
Os principais destinos da fibra brasileira incluem gigantes da indústria têxtil como China, Vietnã, Turquia, Bangladesh e Paquistão, o que evidencia a importância estratégica da produção local para a cadeia de suprimentos global.
“Tudo isso faz com que o algodão seja um setor que não só gera muitos empregos, mas também movimenta a economia em várias áreas, do campo ao transporte e às exportações.
É um resultado que reforça o papel estratégico do nosso estado na agricultura brasileira”, concluiu a secretária.
A safra recorde 2024/2025, portanto, não é apenas um número, mas a consolidação de um modelo de negócio agrícola que posiciona Mato Grosso no centro da indústria têxtil mundial.
Fonte: Da redação com Sedec-MT
