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sexta-feira, julho 18, 2025

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Tarifaço de Trump: deputados reagem à medida e pedem ação diplomática já

A recente ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil causou forte reação entre parlamentares brasileiros. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), e o vice-presidente da Casa, Júlio Campos (União Brasil), classificaram a medida como “maluca” e um retrocesso nas relações comerciais entre os dois países. Ambos destacaram o risco econômico da decisão, que pode gerar prejuízos para o setor produtivo nacional, com impacto direto na geração de empregos e no poder de compra dos consumidores americanos

Na última terça-feira (15), Donald Trump anunciou um possível aumento de 50% nas tarifas de importação de produtos brasileiros, incluindo uma investigação comercial contra o Brasil. A medida, segundo ele, seria uma forma de punir práticas que estariam prejudicando empresários norte-americanos, como suposto desmatamento ilegal, venda de produtos falsificados na 25 de Março (em São Paulo), e questões envolvendo o comércio digital, como o uso do Pix.

O anúncio é parte de um pacote mais amplo de políticas protecionistas, que podem afetar diretamente a balança comercial entre os dois países. Atualmente, os Estados Unidos vendem mais para o Brasil do que compram, o que torna a medida ainda mais controversa do ponto de vista técnico.

A ameaça do tarifaço surge em meio a um cenário delicado nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA. Com um histórico recente de divergências ideológicas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Trump, os atritos ganham novos contornos com a reabertura de investigações comerciais. Além da tarifa, o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) passará a monitorar temas como anticorrupção, comércio digital e exportações de etanol.

Dados da balança comercial mostram que os EUA exportam cerca de 42 bilhões de dólares para o Brasil e importam aproximadamente 41 bilhões.

A possível taxação de 50% representa uma ameaça concreta para setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio, a indústria de manufaturados e o setor de alimentos. Max Russi alerta que, caso implementada, a decisão pode reduzir as exportações brasileiras, causar demissões em massa e encarecer os produtos no mercado internacional.

Além disso, o Brasil poderá enfrentar barreiras técnicas e políticas, prejudicando futuras negociações comerciais com outras nações, já que os EUA são considerados um dos principais parceiros econômicos do país.

Apesar da tensão, os deputados defendem que o Brasil não deve agir com revanchismo. A solução mais viável, segundo Max Russi e Júlio Campos, está na diplomacia ativa e na pressão estratégica. O presidente Lula já sinalizou equilíbrio ao designar o vice-presidente Geraldo Alckmin, visto como um nome técnico e moderado, para conduzir a renegociação com o governo norte-americano.

A possível tarifa de 50% anunciada por Trump é mais que uma questão econômica: é um alerta para o Brasil sobre a importância da soberania comercial e da maturidade diplomática. Parlamentares como Max Russi e Júlio Campos mostram que o país não deve aceitar decisões unilaterais que ferem o equilíbrio comercial.

Fonte: Da Redação

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