Prefeitos das principais cidades de Mato Grosso, comandadas pelo PL, estiveram em um encontro com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, na última terça-feira (23), em Brasília.
Estiveram presentes os prefeitos de Rondonópolis, Cláudio Ferreira; de Cuiabá, Abílio Brunini; de Várzea Grande, Flávia Moretti; além dos deputados federais José Medeiros, Rodrigo da Zaeli e Coronel Fernanda.
Uma das demandas dos prefeitos foi a defesa da candidatura pelo PL de José Medeiros a uma das vagas ao Senado nas eleições de 2026. Eles ratificaram ainda a impossibilidade completa do partido estar junto com o MDB nessas eleições no estado de Mato Grosso.
O impasse no PL surgiu após as declarações do senador Wellington Fagundes, que se movimenta para concorrer ao governo de Mato Grosso, em prol de uma aliança nas eleições de 2026 com o MDB, agora presidido no estado pela deputada estadual Janaína Riva, propondo o nome da mesma para concorrer a uma das vagas ao Senado, ao lado do nome do governador Mauro Mendes.
Conforme apurado pela reportagem, os prefeitos dessas cidades mato-grossenses saíram satisfeitos do encontro, afirmando o entendimento por parte do PL nacional de que o MDB é adversário da direita brasileira e de que a candidatura de José Medeiros ao Senado é irreversível.
Nesse contexto, justificam que o MDB foi contra a direita nas eleições de 2024 em Rondonópolis, em Cuiabá, em Várzea Grande e em Primavera do Leste, por exemplo.
“Nosso principal adversário da direita em Mato Grosso não é o PT, mas o MDB”, disse nesta quarta-feira Cláudio Ferreira à reportagem, apontando Carlos Bezerra como um dos grandes líderes da esquerda no estado.
Conforme o gestor de Rondonópolis, outro agravante nessa união é o fato do MDB estar articulando a derrubada da anistia.
“O MDB tem sido contra nosso partido, o PL, e contra a anistia. Então, apoiar o partido seria atuar contra nosso partido, a direita e contra o ex-presidente Bolsonaro”, acrescentou o prefeito.
Cláudio Ferreira reforçou que o MDB preferiu radicalizar, sendo contra a anistia de Bolsonaro e dos presos de 8 de janeiro do que pacificar o país.
“O MDB perdeu uma oportunidade de ajudar a pacificar o país. Lá atrás, muita gente roubou banco, fez terrorismo, mas foi anistiado. Agora, de maneira hipócrita, o MDB atua contra a anistia, a pacificação do país”, finalizou.
Fonte: Da Reportagem
