37 C
Rondonópolis
terça-feira, outubro 21, 2025

Buy now

Petrobras anuncia queda de 4,9% na gasolina, mas redução ainda não compensa altas acumuladas na bomba

A Petrobras anunciou, ontem segunda-feira (20), uma redução de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, um corte de R$ 0,14 que levará o valor médio do litro nas refinarias para R$ 2,71 a partir de hoje (21). A notícia, celebrada pelo governo como um alívio para a inflação, chega, no entanto, após uma sequência de aumentos na bomba que pressionam o bolso do consumidor, e especialistas alertam que a queda ainda não é suficiente para reverter o cenário de preços elevados.

No comunicado, a estatal destaca que esta é a segunda queda no ano e que a redução acumulada desde dezembro de 2022 chega a 22,4%, já considerando a inflação. A narrativa oficial, contudo, desconsidera a trajetória de alta que tem marcado o valor final para o consumidor.

“A redução é bem-vinda, mas é preciso ter a fotografia completa. O consumidor ainda sente no bolso os aumentos que ocorrem na bomba em postos de combustível.
Esta queda, embora positiva, apenas devolve uma pequena parte do que tem sido acrescido”, é a análise recorrente de economistas de consultorias de mercado.

Fatores de mercado e o Impacto Real na bomba

A decisão da Petrobras não é um ato isolado de gestão, mas um reflexo direto do cenário externo. A queda recente na cotação do petróleo tipo Brent e uma leve valorização do real frente ao dólar nas últimas semanas criaram a “janela de oportunidade” para o reajuste para baixo, seguindo a nova política de preços da companhia, que busca evitar o repasse da volatilidade diária do mercado internacional.

O grande questionamento, agora, é quando e com que intensidade essa redução de R$ 0,14 chegará ao consumidor final. A própria Petrobras lembra que o preço na bomba não depende apenas dela. A gasolina que sai da refinaria (tipo A) ainda é misturada com etanol anidro (que corresponde a 27,5% do litro), e sobre este valor incidem custos de frete, impostos federais (PIS/Cofins e CIDE) e estaduais (ICMS), além das margens de lucro das distribuidoras e dos postos.

Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que o repasse nunca é integral e imediato.

A expectativa de associações de revendedores é que a redução nas bombas, se ocorrer, seja de alguns centavos e leve de uma a duas semanas para ser percebida de forma mais ampla, a depender dos estoques de cada posto.

Além disso, o preço final ainda reflete o impacto da reoneração total dos impostos federais sobre os combustíveis, que ocorreu no início do ano e representou um forte fator de pressão inflacionária, cujo peso é muito maior do que o alívio proporcionado pela redução atual.

A medida, portanto, é um respiro para o motorista, mas o custo para encher o tanque em 2025 continua sendo um desafio significativo.

Fonte: Da redação com informações da Agência Brasil

Artigos relacionados

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias