A arrecadação de tributos federais no Brasil alcançou um novo patamar histórico. Dados divulgados nesta segunda-feira (24) pela Receita Federal mostram que o volume de recursos recolhidos aos cofres públicos registrou o melhor desempenho de toda a série histórica, tanto na análise mensal quanto no acumulado do ano.
No mês de outubro, a arrecadação total somou R$ 261,9 milhões. De acordo com o Fisco, esse resultado representa uma expansão real de 0,92% em relação ao mesmo mês do ano passado. O termo “expansão real” indica que o crescimento da arrecadação superou a inflação registrada no período, configurando um ganho efetivo de recursos para a União.
Acumulado trilionário
O desempenho positivo se reflete de forma ainda mais expressiva quando analisado o cenário dos dez primeiros meses de 2025. No acumulado de janeiro a outubro, as receitas federais atingiram a marca de R$ 2,4 trilhões.
Esse montante representa um acréscimo real de 3,2% na comparação com igual período de 2024, consolidando o ano corrente como o de maior arrecadação da história até o momento.
“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório, tanto para outubro quanto para o período acumulado”, frisou a instituição em nota oficial divulgada em Brasília.
A composição da receita
Os valores recordes divulgados pela Receita Federal englobam uma ampla cesta de tributos pagos por contribuintes e empresas, além de outras fontes de recursos. O montante total é composto por:
- Tributos sobre a Renda: Inclui o Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) e de Pessoas Jurídicas (IRPJ).
- Tributos sobre o Consumo e Produção: Engloba o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
- Contribuições Sociais: Como a receita previdenciária e o PIS/Cofins.
- Comércio Exterior: Imposto sobre Importação.
- Financeiro: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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Além dos impostos administrados diretamente pelo Fisco, o cálculo final da arrecadação total também incorpora receitas que não são apuradas pela Receita Federal, mas que entram na conta do Tesouro, como os valores provenientes de royalties (compensações financeiras pela exploração de recursos naturais) e depósitos judiciais.


