O programa Tolerância Zero, criado para enfrentar as facções criminosas dentro do sistema penitenciário de Mato Grosso, completou um ano de atividades com um saldo de 1.048 operações realizadas. Entre os destaques do balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, aparece como o principal foco de tentativas de arremesso de ilícitos via aérea.
De acordo com o levantamento, dos 59 drones apreendidos em todo o estado no último ano, 45 foram interceptados em Rondonópolis. A unidade reforçou o monitoramento para coibir os sobrevoos que tentam levar, principalmente, drogas e celulares para dentro dos raios.
“Os criminosos tentam ingressar com celulares e drogas de todas as formas. Em Rondonópolis, a vigilância constante tem evitado que os objetos ilícitos cheguem aos presos”, apontou o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato.

Números em Mato Grosso
No âmbito estadual, o foco principal foi cortar a comunicação dos presos com o mundo exterior. Entre novembro de 2024 e dezembro de 2025, foram retirados de circulação 3.747 celulares e 1.457 chips de telefonia.
As vistorias resultaram ainda na apreensão de:
- 7.259 porções de drogas;
- 1.579 carregadores;
- 526 armas artesanais (chuços).
A Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, por ser a maior unidade, concentrou 196 dessas ações de segurança.
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Eficácia do programa
O levantamento da Sejus aponta que a estratégia tem funcionado na contenção da entrada de materiais. Cerca de 85% das 41 unidades prisionais de Mato Grosso (aproximadamente 34 unidades) passaram os últimos seis meses sem registrar apreensões significativas ou tiveram apenas um único flagrante.
Unidades como os Centros de Detenção Provisória de Peixoto de Azevedo e Lucas do Rio Verde, além das cadeias de Chapada dos Guimarães e Nobres, figuram na lista de locais com zero registro de material ilícito no período.
Para o secretário Vitor Hugo Bruzulato, o enfrentamento às facções passa diretamente pela reestruturação da política penitenciária.

“A Polícia Penal tem atuado com dedicação para remover os ilícitos e, simultaneamente, ajustar procedimentos operacionais internos, reforçando a ordem e a disciplina”, concluiu.
Fonte Da redação com Sejus-MT


