O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, declarou, na tarde da última quarta feira, que o projeto de lei proibindo pesca, transporte e comercialização de peixes em Mato Grosso, por 5 anos, poderá mais do que dobrar o turismo da pesca esportiva no Estado, atraindo “milhares de turistas e geração de empregos”. O projeto, se aprovado pela Assembléia, prevê que a partir de 1º de janeiro do ano que vem fica permitia assim como a pesca de subsistência e o pesque-solte. O transporte, armazenamento e comercialização do pescado fiquem proibidos em todos os rios de Mato Grosso.
César lembrou que, nos últimos anos, o número de turistas que vinham a Mato Grosso fazer pesca esportiva começou a diminuir drasticamente por conta da falta de peixes nos rios, reflexo da pesca predatória. “Esses turistas começaram a migrar para o Amazonas e para a Argentina. Perdemos grande parte dessa fatia do turismo da pesca esportiva para esses dois lugares, porque lá tem peixe e aqui ou não tem peixe ou não tem na medida que eles procuram. Então, muitos hotéis e pousadas passaram a atuar com menos lotação ou até fecharam. Houve uma desaceleração de todo o segmento”, explicou.
Para o secretário, o projeto do transporte zero é fundamental para que os rios voltem a ser povoados pelos peixes e, assim, a pesca esportiva possa ser retomada com força em Mato Grosso. “O projeto não proíbe a pesca. Quem quiser pescar, poderá pescar e comer o peixe na beira do rio. Agora, com a proibição do transporte, em um ou dois anos veremos os rios com muito peixe novamente e aumentaremos o volume de turistas querendo vir a Mato Grosso. Podemos dobrar esse número de turistas e retomarmos com força o turismo de pesca, que tem potencial para ser um dos principais segmentos econômicos no estado”, completou.
O governo do Estado definiu que, no caso dos pescadores artesanais, o projeto estabelece pagamento de auxílio financeiro por três anos. O profissional receberá qualificação em programas da secretaria de Assistência Social e Cidadania para o turismo ecológico e pesqueiro e de produção sustentável da aquicultura.
O levantamento do governo aponta que houve redução de peixes nos rios do Estado, colocando em risco várias espécies nativas e o projeto, além da preservação das espécies e combate à pesca predatória, o objetivo do projeto também é fomentar o turismo no Estado e garantir emprego e renda para as famílias.
A Assembleia ainda vai marcar a data de votação do projeto que, primeiro, passará pelas comissões permanentes para receber pareceres.
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