O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, rejeitou ontem quinta-feira a proposta do Brasil de tributar os super-ricos.
“Não achamos que seja adequado”, disse ele em um painel de discussão ao lado do presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, em Washington. “Temos uma tributação adequada da renda.”
O Brasil, que está à frente da presidência do G20, tem como objetivo construir um consenso internacional sobre a tributação da riqueza neste ano e está pressionando por uma declaração conjunta em uma reunião de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20 em julho.
Taxação dos super-ricos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última quarta-feira (17) que uma proposta para a taxação de super-ricos está ganhando força global, defendendo que esse tipo de medida pode ajudar na construção de um futuro melhor comum em meio a problemas geopolíticos.
Segundo ele, taxar os super-ricos deve contribuir com um “espaço adicional” no orçamento para financiar políticas públicas contra a fome e a pobreza.
Haddad diz que tem medidas dentro do G20 que colocam a desigualdade como ponto central nas políticas macroeconômicas, criando estratégias e infraestruturas para “efeitos sociais positivos”.
Da Reuters