O bombardeio desta segunda-feira é o mais amplo territorialmente já conduzido desde o início da troca de agressões entre as duas partes, há quase um ano. Uma pessoa morreu em ataque ao vale do Bekaa, segundo o Ministério da Saúde libanês.
As Forças de Defesa de Israel deram início a um ataque “extensivo” no sul do Líbano nesta segunda-feira (23), pouco após alertar seus moradores para que se afastassem imediatamente de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Mais de 300 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. O bombardeio desta segunda-feira é o mais amplo territorialmente já conduzido desde o início da troca de agressões entre as duas partes, há quase um ano. Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, uma pessoa morreu em um ataque aéreo ao Vale do Bekaa, situado a cerca de 30 km a leste da capital, Beirute.
- Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah, e ocorreu após uma troca de tiros particularmente intensa no domingo (22). O Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel em retaliação aos ataques que mataram um comandante de alto escalão e dezenas de combatentes.
Nesta segunda, um foguete também atingiu uma montanha desabitada a leste da cidade portuária libanesa de Biblos, disseram a mídia estatal do Líbano e um residente de lá.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as operações continuariam até que fosse seguro para as pessoas evacuadas em seu lado da fronteira retornarem — também preparando o cenário para um conflito prolongado, já que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, prometeu lutar até um cessar-fogo na paralela guerra de Gaza.
O conflito — que se intensificou drasticamente na última semana — se arrasta desde que o Hezbollah abriu uma segunda frente contra Israel, alegando que estava atuando em apoio aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza.
Na terça e na quarta-feira, milhares de pagers e rádios usados por membros do Hezbollah explodiram. O ataque foi amplamente atribuído a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade.
G1