Os investidores repercutem o acordo fechado por Israel para troca de reféns do Hamas por presos palestinos, incluindo trégua de quatro dias na Faixa de Gaza, assim como a divulgação da ata da última reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve dos Estados Unidos. Os membros do Comitê ressaltaram, mais uma vez, que a inflação permanece elevada, ainda que em processo de desaceleração. “A ata deu bastante destaque ao aperto das condições financeiras e de crédito, reconhecendo que elas devem pesar na atividade, nas contratações e na inflação. Mas afirmaram não saber em que magnitude isto acontecerá”, aponta o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, avalia que as autoridades não manifestaram apetite para cortar as fed funds. “Em geral, a ata não deu nenhuma indicação de que os membros sequer discutiram quando poderiam começar a reduzir os juros, especialmente porque a inflação permanece bem acima de sua meta”. Alvez completa que os membros indicaram a manutenção uma política restritiva até que os dados mostrem a inflação em uma trajetória de volta à meta de 2%.
No Brasil, Pesquisa Genial Quaest mostra que 56% dos representantes do mercado financeiro entrevistados acreditam que o governo não está preocupado com a inflação. O número de novembro representa uma melhora frente a setembro, quando 58% tinham visão negativa.
Enquanto isso, o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, reforçou que novos cortes de 0,50 ponto percentual na Selic são apropriados para as duas próximas reuniões de política monetária, que serão realizadas nos meses de dezembro e de janeiro.
Às 8h15 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros ganhava 0,28%, S&P 500 Futuros subia 0,21% e o Dow Jones Futuros estava em acréscimo de 0,15%.
O ETF EWZ (NYSE:EWZ), que busca acompanhar os resultados de índice composto por ações brasileiras, perdia 0,06% no pré-mercado. O Índice Dólar Futuros, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, ganhava 0,11% a US$ 103,565. Ontem, o Ibovespa apresentou leve queda, seguindo índices americanos.
O Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, registrava baixa de 0,91%, a US$77,06, e o Petróleo Brent Futuros tinha queda de 0,86% a US$81,74.
As ADRs da Vale (NYSE:VALE) registravam desvalorização de 2,83%, a US$15,43, e as da Petrobras (NYSE:PBR) baixa de 2,84%, a US$15,41.
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